Sessão Drummond

terça-feira, 4 de novembro de 2008


Pra que desperdiçar palavras? As palavras estão postas!



Hipótese

E se Deus é canhoto
e criou com a mão esquerda?
Isso explica, talvez, as coisas deste mundo.


Passatempo

O verso não, ou sim o verso?
Eis-me perdido no universo
do dizer, que, tímido, verso,
sabendo embora que o que lavra
só encontra meia palavra.


O seu santo nome

Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda razão (e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra
que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.


Por quê?

Por que nascemos para amar, se vamos morrer?
Por que morrer, se amamos?
Por que falta sentido
ao sentido de viver, amar, morrer?


Sessão Drummond


Foto by: Tio Caju

4 comentários:

Anônimo disse...

Sempre sensível,
Sempre a poeta,
Alma de criança,
liberta em palhaça...
Sempre chorona,
Sempre complexa,
Uma companhia das mais doces...
Portadora da solidão mais incerta...
Sempre Isa,
A que ama e sonha,
Verdadeira alma de poeta.

Arthur Ferreira disse...

Olha só!!!
Você tem Blog!!
Você não divulga! Voltarei aqui...
Bj.
Caju!

Rogerio Furtado Magalhães disse...

Fiz uma pequena homenagem a mineirinha em meu blog. Outra está aqui, publicarei em breve no meu blog http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/47405/

Eu tambem publicaria este texto escrito pela Gabys, muito bom!!!

Sabe que iremos sim ao enepe, não deu agora por causa de imprevistos, mas ainda irá tres onibus de unb desta vez(rsrsrsr) e nós iremos!!!

Rogerio Furtado Magalhães disse...
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